segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Brasil será 7ª economia em 2011, diz FMI

Os Amigos do Presidente Lula
domingo, 7 de novembro de 2010

A presidente eleita, Dilma Rousseff, vai governar a sétima maior economia mundial, posto que o Brasil alcançará em 2011, segundo a projeção mais recente do Fundo Monetário Internacional.

Não será a primeira vez que o país terá chegado lá. A última foi em meados dos anos 90. Mas o Brasil só sustentou a sétima posição por dois anos, indo ladeira abaixo a partir de 1996 até baixar ao 12º lugar em 2002.

Desde então, a volatilidade do crescimento econômico do país diminuiu. Ou seja: o tradicional sobe e desce, ou os chamados voos de galinha, deu lugar à maior estabilidade na trajetória de expansão econômica.

O resultado é que a projeção do Fundo revisada em outubro indica que o país permanecerá no posto de sétima maior economia até, pelo menos, 2015, último ano para o qual há previsões.

Nos últimos anos, a economia brasileira ultrapassou em tamanho a canadense e a espanhola. Em 2010, quase empata com a Itália.

A implicação geopolítica para o futuro governo Dilma dessa consolidação do Brasil entre as potências econômicas pode ser resumida em um clichê: quanto maior o poder, maior a responsabilidade.

"O Brasil está ocupando a posição de países desenvolvidos e, com isso, cresce seu prestígio nas negociações internacionais", diz Ernesto Lozardo, professor de economia da Eaesp-FGV e autor do livro "Globalização - A Certeza Imprevisível das Nações".

A contrapartida é resumida por Fernando Cardim, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro: "As responsabilidades do país continuarão aumentando e o novo governo terá de mostrar se está preparado para isso".

De acordo com especialistas, para que o peso econômico do Brasil continue se traduzindo em crescente voz política, Dilma terá de consolidar os avanços alcançados pela política externa de Lula, como a posição de maior destaque nos fóruns globais.Mas precisará também lidar com seu legado polêmico, que inclui aproximação com o governo do Irã e críticas a dissidentes cubanos.

DÚVIDAS

Antes da posse de Dilma, já pairam sobre o novo governo dúvidas sobre seu compromisso com o tripé macroeconômico --responsabilidade fiscal, metas de inflação e câmbio flutuante-- que ajudou o Brasil a consolidar a estabilidade econômica e galgar posições no ranking de maiores economias.

Para Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco, a manutenção da política fiscal expansionista mesmo após o Brasil ter emergido da crise e a declaração recente do ministro Guido Mantega (Fazenda), que disse não haver relação entre controle do gasto público e o nível de juros no país, alimentam esses questionamentos.

"Uma política fiscal menos rigorosa torna o tripé capenga ao forçar um aumento de juros e, com isso, uma taxa de câmbio mais valorizada", diz Goldfajn.

Juros mais elevados para conter o impacto inflacionário de uma política fiscal expansionista tenderiam a prejudicar o crescimento do país nos próximos anos.Em declarações depois da eleição, Dilma tem tentado dirimir dúvidas em relação ao seu compromisso com a responsabilidade fiscal. O mercado, por enquanto, parece estar dando à presidente eleita o benefício da dúvida. Folha

Os Amigos do Presidente Lula: Brasil será 7ª economia em 2011, diz FMI

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caro Visitante,
Publicaremos todos os comentários e opiniões que não sejam considerados ofensas, calúnias ou difamações que possam se reverter em processo contra os autores do blog.
Após publicados, os comentários anônimos não serão mais removidos.
Comentários identificados pela conta ou e-mail poderão ser removidos pelo autor ou a pedido.
Gratos,
Os editores.

Brasil - Política, Economia, Sociedade - Últimas postagens