sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Folha defende “singularidade” de São Paulo. Inês Nassif explica

Conversa Afiada
Publicado em 12/11/2010

A Intentona de 1932 também foi muito “singular”

Os ideólogos do Império americano defendem a “singularidade” dos Estados Unidos e seu “destino manifesto” – por exemplo, conquistar a Califórnia do México.
É o que, mal comparando, a Folha (*) tem feito na sua página de (uma só) Opinião.
Ontem e hoje, a Folha (*) publica artigos que defendem a singularidade de São Paulo e seus ilustres ideólogos, como a estudante Mayara Petruso.
Ontem, um jornalista defendeu o preconceito.
Hoje, também no alto da pág. 3, uma advogada e professora de Direito Penal da USP (êpa ! êpa ! USP ?) defende a estudante Mayara.
A Folha (*) já defendeu a “ditabranda”.
Agora, defende a “singularidade” paulista e o destino manifesto de sua elite separatista: ocupar o Brasil.
São argumentos com a profundidade de uma tigela de dar água ao gato.
Mas, ali naquela página costuma ser assim mesmo.
Muito diferente é o espaço que a Maria Inês Nassif ocupa no jornal Valor: sempre denso, profundo, original.
O Azenha reproduziu o artigo de ontem da Inês: clique aqui para ir ao Viomundo.
Inês explica o que acontece com São Paulo, ou melhor, com o repositório de ideias de sua elite: o PSDB.
O título já é para dar um susto na Mayara: “Voto do nordestino vale o mesmo do que o do paulista”.
O editor de Opinião do Otavinho vai ter um troço !
Diz a Inês: “A redução da desigualdade tem trazido à tona os piores preconceitos das classes médias tradicionais e das elites do país. Não apenas em relação às pessoas que ascendem da mais baixa escala da pirâmide social, mas preconceitos que transbordam para as regiões que, tradicionalmente miseráveis, hoje crescem a taxas chinesas. “
“A onde de preconceito contra nordestinos, por exemplo, é semelhante ao preconceito em estado puro jogado pelos setores tradicionais no presidente Lula e na própria Dilma Rousseff, durante a campanha – leia o “em tempo”:  … é o temor de que os ‘de baixo’ possam ameaçar … uma estabilidade que … é também de poder e status.”
(O Otavinho disse ao Lula que ele não podia ser presidente porque o Lula não sabe falar inglês.)
“A hegemonia paulista está em questão desde 2006, ” diz a Inês.
“O país é outro. Não se ganha mais eleição com preconceito – até porque o voto alvo do preconceito tem o mesmo valor do voto da velha elite.”
Viva a Inês !
Em tempo: durante a campanha, Serra trouxe o vaso sanitário para a sala de jantar. Clique aqui para ler “Serra funda a Direita Cristã e o Tea Party do Brasil: a extrema direita”.
Clique aqui para ler “Mino analisa o ódio do Serra e acha que a Oposição tem que sair de São Paulo” .
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

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